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Condromalácia Patelar

 

 

            A cartilagem articular (ou cartilagem hialina) recobre os ossos para garantir maior proteção, movimento e distribuição de peso. As alterações na cartilagem articular podem ocorrer devido sobrecarga contínua (overuse) ou trauma, ocorre degradação da cartilagem causando dor e limitações funcionais. A condromalácia patelar é um processo de amolecimento e desgaste da cartilagem articular da patela. A condromalácia patelar resulta de um dano na cartilagem articular que cobre a região posterior da patela, e pode ocorrer como resultado de fraqueza dos músculos do quadril e joelho, encurtamentos musculares, aumento do ângulo-Q, valgo dinâmico de joelho, patela alta, etc.

             Além disso, instabilidade, trauma, má alinhamento do membro inferior ou luxações podem levar ao desenvolvimento da condromalácia. A sintomatologia da condromalácia patelar é semelhante ao da síndrome patelofemoral, exacerbada em atividades que aumentam as cargas compressivas na articulação patelofemoral, tai como: correr, subir e descer escadas, saltar, entre outros. Os sintomas comuns são a dor retropatelar (atrás do joelho), crepitação, bloqueio articular, falseio do joelho e dificuldade de fazer atividades que exigem compressão do joelho. O diagnóstico é clínico e exames de imagem podem ajudar a identificar a degeneração da cartilagem bem como realizar diagnósticos diferenciais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

             O fisioterapeuta irá avaliar alterações de força, flexibilidade e biomecânicas que podem contribuir com o desenvolvimento e progressão condromalácia. De acordo com a Classificação de Outerbridge, existem quatro graus de condromalácia. No grau 1 ocorre amolecimento simples da cartilagem em uma região específica. No grau 2 ocorre o aparecimento de fissuras médias na cartilagem. No grau 3 essas fissuras são maiores e no grau 4 ocorre desgaste do osso na região articular.

             O tratamento fisioterapêutico é indicado como tratamento inicial, devendo ser individualizado e dependente das condições associadas apresentadas, são utilizadas técnicas para redução da dor e para redução da compressão articular, alongamento e fortalecimento muscular, reeducação da musculatura e correção das alterações globais, que podem estar envolvidas na condromalácia. Na primeira fase do tratamento o objetivo é a redução da dor, seguida pela restauração do movimento do joelho. Na última fase do tratamento o objetivo é devolver a função, treinando as atividades diárias de forma correta. A prática regular de exercícios, com supervisão, é essencial após o tratamento para garantir a redução dos sintomas e evitar recidivas.​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​

 

 

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