Alguns recursos físicos são usados pelos fisioterapeutas para tratar uma grande variedade de lesões.  Esses agentes incluem ondas eletromagnéticas e sonoras, além de correntes estimuladoras e analgésicas. Entre as possibilidades, destacamos as seguintes:

 

• Crioterapia

• Correntes Estimuladoras (Russa, FES e Aussie)

• Correntes Analgésicas (TENS, CIV, diadinâmicas)

• Diatermia

• Ultrassom

• Laser

 

 

CRIOTERAPIA

 

      A crioterapia refere-se ao uso do frio com fins terapêuticos. Pode ser utilizada para controlar inflamações agudas, dor, edema e reduzir a espasticidade. Sua prática inclui compressas frias ou bolsas de gelo, sprays congelantes, toalhas congeladas, água gelada, turbilhão e banho de contraste. Observa-se potencialização do beneficio terapêutico quando se faz aplicação imediata deste recurso na área lesionada. O tempo de tratamento se efetua em cerca de 20 minutos. Nas primeiras 72h após a lesão pode ser aplicado crioterapia por 20 minutos a cada 2h.

Nas lesões agudas, além de aplicar frio, recomenda-se o protocolo PRICE. Esse protocolo se baseia em 5 medidas direcionadas para região acometida:

 

• Proteção – evitar exacerbação da lesão e dos sintomas

• Repouso – evitar sobrecargas na região acometida

• Ice (Gelo – Crioterapia) – diminuir edema, dor e inflamação

• Compressão – reduzir edema por compressão mecânica (ex: ataduras)

• Elevação – favorecer o retorno venoso e reduzir edema

Possui como contraindicações hipersensibilidade ou intolerância ao frio, áreas com

comprometimento circulatório, região nervosa periférica em regeneração.

 

 

 

 

CORRENTES ESTIMULADORAS

 

                                               A eletroestimulação neuromuscular (EENM), mediada pelas correntes Russa, Aussie e FES,                                             produz uma contração eficaz, maximizando a função do individuo. É indicada para tratar                                            lesões esportivas, disfunções reumatológicas, neurológicas, traumato-ortopédicas,                                                        dentre outras.

                                                     A corrente Russa produz um efeito semelhante ao da contração voluntária, retarda                                                 o aparecimento de atrofias musculares, aumenta a circulação sanguínea no local e promove um ganho de amplitude de movimento. Já a corrente Aussie possui os mesmos benefícios, diferenciando-se no tocante à sensação do paciente, proporcionando um maior conforto, visto que causa menos incômodo e fadiga muscular. Essas correntes são amplamente utilizadas para evitar hipotrofia muscular após cirurgias no joelho e no aumento do recrutamento de unidades motoras no processo de reabilitação de disfunções do joelho.

     A Estimulação Elétrica Funcional (FES) é a associação da EENM ao desempenho de atividades funcionais, estimulando a contração durante um exercício no momento em que o músculo deveria contrair-se voluntariamente. É indicada para controle de espasticidade, lesão medular, paralisia cerebral.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CORRENTES ANALGÉSICAS (TENS, CIV, DIADINÂMICAS)

 

A Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) é utilizada para produzir o alívio

da dor. Possui quatro modos: convencional, para casos agudos com um período de

anestesia curto; breve intenso, para alívio imediato, recomendado antes de exercícios

de reabilitação; acupuntura, para períodos de analgesia prolongados em casos crônicos;

burst, para casos subagudos e crônicos ou para estimulação muscular.

   Assim como a TENS, a Corrente Interferencial Vetorial (CIV) objetiva a analgesia, no entanto possui efeito mais prolongado e estimula tecidos mais profundos. Isso ocorre pela CIV ser uma corrente de média frequência, sofrendo menor impedância dos tecidos.

     As correntes diadinâmicas também possuem efeitos eletroanalgésicos. São classificadas em: monofásica, utilizada para tratamento de dores não espasmódicas e aumento do tônus muscular; difásicas, para uma analgesia temporária e aumento da irrigação sanguínea no local da estimulação; curto período, para o mesmo efeito da monofásica e difásica com aumento da irrigação sanguínea; longo período, para um efeito analgésico persistente; ritmo sincopado, para contração muscular.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DIATERMIA

 

     Diatermia equivale a um aquecimento por meio da temperatura, tendo por base a aplicação de ondas curtas e micro-ondas. Possui efeito sobre um aquecimento tecidual mais profundo. Suas indicações são para analgesia, processos inflamatórios agudos e crônicos, aumento circulatório, regeneração tecidual, redução de espasmos musculares e aumento da amplitude de movimento articular. Não é recomendado para pacientes com marca-passos, metais nos tecidos ou que não possuem capacidade cognitiva, e para áreas vascularização e sensação térmica comprometida. Durante a aplicação, o paciente é ligado ao circuito elétrico do gerador de alta frequência por meio de um aplicador capacitivo ou uma bobina indutora.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ULTRASSOM

 

      Este recurso é bastante utilizado pelos fisioterapeutas. Consiste em uma onda sonora que durante a passagem pelos tecidos causa efeitos térmicos e atérmicos, dependendo dos objetivos terapêuticos. É indicado para analgesia, inflamação tanto na fase aguda como na crônica, cicatrização de músculos e tendões, aceleração de processo de consolidação óssea, escaras, artroses. É contraindicado para mulheres grávidas, pacientes com próteses totais, tromboses ou marca-passos (quando aplicado próximo à região) e infecções.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LASER

 

    O laser é uma forma de terapia por radiação eletromagnética caracterizada como: monocromática, colimada e coerente. É indicado para estimulação e regeneração de feridas abertas, tratamento de afecções artríticas e lesões em tecidos moles, analgesia e melhora desempenho muscular. Suas contraindicações são para pacientes com carcinoma ativo, áreas de hemorragia, diretamente sobre o útero gravídico e paciente com dificuldades cognitivas. Utilizamos o laser vermelho para condições mais superficiais, como ferimentos, e o laser infravermelho para estruturas musculoesqueléticas.