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Síndrome do Trato Iliotibial

 

 

           O trato iliotibial é uma fáscia constituída por tecido conjuntivo localizado na lateral da coxa. Ele é uma continuação do músculo tensor da fáscia lata e se insere na face lateral da tíbia. Algumas fibras do músculo glúteo máximo também se inserem no trato iliotibial. Na síndrome do trato iliotibial ocorre inflamação dessas fibras por excesso de repetição dos movimentos de flexão e extensão do joelho. Durante a flexão de joelho, o trato passa pelo epicôndilo lateral do fêmur, causando fricção nessa região, essa fricção pode levar ao processo inflamatório, gerando dor na região lateral da coxa, principalmente próximo ao joelho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            Outras causas relacionadas ao aparecimento dessa síndrome podem ser alterações ósseas ou excesso de tensão no trato iliotibial gerada pelos músculos do quadril, como, por exemplo, fraqueza de glúteo médio, músculo responsável por manter a pelve neutra, e encurtamento do próprio trato iliotibial. A dor é exacerbada durante atividade e melhora com repouso, com sua progressão a dor pode estar presente diariamente. É uma síndrome frequente em pessoas que praticam atividades como a corrida e o ciclismo, ou tarefas que exigem muita flexão de joelho ou repetição desse movimento. Ela é pouco comum em pessoas pouco ativas ou sedentárias. O diagnóstico é clínico e envolve a avaliação da dor, das estruturas do joelho, quadril, pelve, tornozelo e pé, além de uma avaliação global, com o objetivo de localizar alterações que podem influenciar a síndrome. A ressonância nuclear magnética ajuda no diagnóstico, localizando a inflamação no tecido. O tratamento fisioterapêutico é considerado eficaz para controle da inflamação e redução da dor, além disso, é necessário alongamento do trato iliotibial para ajudar a reduzir a fricção local e tratar as alterações corporais associadas que podem gerar a síndrome.

           Em longo prazo, os ajustes corporais, o alongamento do trato iliotibial e tratamento global de fisioterapia, incluindo exercícios de alongamento, fortalecimento e reeducação muscular (principalmente dos músculos tensor da fáscia lata, glúteo máximo e médio), são muito importantes para controlar os sintomas e evitar a fricção que causa o processo inflamatório. A última fase do tratamento envolve treinar as atividades de vida diária, com exercícios que exigem maior amplitude de joelho e maior tensão no trato iliotibial, preparando o corpo para as atividades normais. Após o tratamento, a prática regular de atividade física, sob supervisão de um profissional de educação física é importante para manter as funções corporais e a postura correta, evitando a recidiva dos sintomas.

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